O próximo prefeito do Rio vai penar para poder fazer publicidade. Pela proposta enviada pela Prefeitura à Câmara Municipal na última semana, o limite de investimentos na área será de R$ 16.054.233,00 em 2021, o que representa uma redução de 57,44% em comparação ao orçamento de 2020.
Essas quedas fazem parte da política em ano de eleição, seja pelo prefeito atual não saber se conseguirá continuar no poder no ano seguinte ou mesmo por ter certeza de não ter como disputar um terceiro mandato.
Não por acaso, para o primeiro ano da gestão de Marcelo Crivella, o prefeito anterior, Eduardo Paes, deixou um orçamento inicial de publicidade, previsto pela Lei Orçamentária Anual, de apenas R$ 165.000,00. Todos os gastos com publicidade institucional e mídias digitais, que a administração pública considera essencial para divulgação de campanhas de utilidade pública, como vacinação e educação no trânsito da Prefeitura, ficaram a descoberto.
A notícia não é nada boa para as agências Cálix, E3 e Nacional, que conquistaram a conta da Prefeitura do Rio no começo deste ano, tendo o edital estimado uma verba de R$ 56 milhões. Com a pandemia, as três viram os investimentos na área no primeiro semestre virarem pó. E no segundo semestre, continuaram amarradas pelo impedimento de Crivella anunciar, por conta das eleições de novembro.
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